Bagatela: PM de São Paulo voltará a se chamar "Força Pública".

Comum aos políticos do bando da direita é a idéia descabida de "pintar a fachada sem reformar o barraco e fingir que está tudo bem".

Um dos candidatos à presidência do Brasil, Sr. José Serra, teve a brilhante idéia de mudar o nome da polícia militar de São Paulo. Como justificativa, o sábio Sr. José Serra afirma que a mudança vai aproximar a polícia da população.

Ninguém quer entrar em chiqueiro. Se eu der uma "guaribada" na entrada do chiqueiro e te convidar pra entrar, você não entra. Afinal de contas aquilo ainda fede como um chiqueiro!

O ilustre candidato pretende entrar com uma PEC (Proposta de emenda constitucional), o que demanda tempo e dinheiro já que o processo acontece em dois turnos.

A Polícia manterá suas funções atuais, como previsto pela desfigurada Constituição Brasileira. Isto é, muda o nome, mas as práticas são as mesmas.

Qual o real propósito dessa iluminada proposta? Nossos deputados devem estar de pernas pro ar, não "existem" problemas a serem resolvidos no Brasil, mas como são pagos para fazer alguma coisa, qualquer proposta - seja ela razoável ou não, como é o caso desta - merece toda a atenção. E, claro, o tempo e recursos gastos devem fazer jus a seus astronômicos salários.

Melhor seria inverstir em melhorias estruturais. Afinal de contas o nome é o que menos importa. A polícia poderia se chamar "bloco das carmelitas", desde que cumprisse com seu papel.

A melhor maneira de "aproximar" a polícia da população é tornando-a mais eficiente!

O Brasil precisa de um presidente dessa estirpe? Estamos realmente em tempos de permitir uma abominação política dessa natureza? Ter um presidente como o Sr. Serra na atual conjuntura é dar 20 passos pra trás depois dos cinco pra frente que foram dados com dificuldade nos últimos anos - por um presidente "sem educação, que não sabe falar português, operário e sem dedo", diga-se de passagem.

Infelizmente esse tipo de político e política só serve para mutilar o país. Um político julga-se por sua política. Se um sujeito como esse tornar-se presidente, a população deve estar preprada para pelo menos 4 anos de mutilação disfarçada de cura.

Espero que depois de Lula, o brasileiro tenha aprendido a votar. Tenha aprendido a reconhecer o lobo que se esconde sob a sombra da "educação, da retórica sofista, dos diplomas e do colarinho branco".

No final das contas, tudo isso é cal na fachada!

Jeg må forberede meg til Bergenstest.

Føler seg i hengemyr
(Aftenposten, 14. desember 2009)


Hengemyr – atoleiro, lamaçal, pântano
  1. Han så på ei hengemyr på vei til Barra da Tijuca.
  2. Det mest av Estlands jord er hengemyr.
  3. Manguezal er en slags hengemyr.
Trøste – confortar
  1. Hilde trøstet dattera til Olav.
  2. Fredag måtte Livs mor trøste henne.
  3. Liv ble trøstet av Hilde og mora si.
Utsatt – adiado
  1. Bryllupsfesten var utsatt.
  2. Rettsaken var utsatt på ubestemt tid.
  3. Mira er veldig skuffet over at bryllupsfesten var utsatt.
Frifinnelse – absolvição
  1. Ole var frifunnet for voldtekt mot dattera hans.
  2. Jenta håper på frifinnelse av vennene sine.
  3. Politiet kunne ikke frifinne kvinnen som antakelig hadde drept naboens barn.
Varetekt – custódia
  1. Vannligvis får nordmenn varetekt over barna, særlig når mora er innvandrer.
  2. 327 nordmenn sitter i varetekt utenlands.
  3. Far mister varetekt over den syke sønnen sin.
Kausjon – fiança
  1. Mann avviser å betale kausjon. Han ville gjerne sitte i fengsel for å unngå familien sin.
  2. Søstera til Siv Jensen avviser å betale kausjonen hennes
  3. Foreldre trodde at sønnen var uskyldig og betalte kausjon. I går var sønnen tilbake til arbeidet sitt: dopselger foran skolen.
Skellig grunn – motivo criminal
  1. Dommerne fant ingen skellig grunn til mistanke mot 87-år gammel dame.
  2. I dag fant de en eneste skellig grunn: eldgammel dame dyrket 100 hasj-planter i hagen.
  3. Patolog fant DNA-spor under neglene til den barføtte mannen. En fantastisk skellig grunn til å mistanke kunden.
Uviss – incerto
  1. Dattera til den 14-årige gutten har nå en uviss fremtid.
  2. En stor pengesum ble funnet inni mannens underbukse. Mannen sa til en politimann at han hadde diaré og derfor en stor bleie på seg, ifølge vitne. Opprinnelsen til pengene er uviss.
  3. Jenta så ulv i hagen midt på natta. Sarah Palin var satt i bevegelse. Tidlig dagen etter ble blod funnet 3 km fra hagen. Ingen har hørt noe fra noen av de to.
Forutsigbarhet – previsão
  1. Brasils meteorologiske sentral ga opp værvarselet, på grunn av dårlig forutsigbarhet.
  2. Kongen bestemt seg og skal live, uforutsigbar i forhold til tid.
  3. Nord Korea har ikke forutsigbarhet i forhold til datoen når den månesyke lederen skal dø.
Henlegges – caso encerrado por falta de evidência
  1. Henlegges: Dverg drepte åtte med lommekniv og gikk på kino.
  2. Gale jenter slår venninne foran kamera, og rettsaken henlegges.
  3. Kolombiansk mann ba om henleggelse. Carlos Castro var overrasket da han ble tatt med 2 kilo kokain kjøpt av en 63-årig mann.

Fra mannen min: "Den eldgamle damen var avslørt, hasjplantasjen hennes luktet over hele nabolaget. Det dunstet, ja, det STINKET!"

Os falsos ambientalistas

Estou em Copenhagen há 4 dias. Um barato.
O país não tem montanhas, é tipo a Estônia, mas é muito legal.
Todo mundo tem bicleta nesse lugar. As ruas tem faixa para bicicletas e os ciclistas seguem suas próprias leis de trânsito. Cara, é um barato ver a galera levantando o bracinho pra avisar que vai parar, usando o sininho para avisar que vai te ultrapassar.
Mas os dinamarqueses são estranhos. Eles não são nenhum pouco modestos. Fazem como o vice-presidente: à modéstia as favas! Adoram se gabar porque andam de bicicleta, são amigos do meio ambiente, têm moinhos de vento, adoram comida ecológica... tudo muito bonito, tudo muito legal... mas "há algo de podre no reino da Dinamarca"!

A eletricidade vem da queima de carvão.

Meu marido está participando do Primeiro Congresso Mundial de História do Meio Ambiente (1st World Congress of Environmetal History). O negócio não é para qualquer um, só "high-society" acadêmica. Agora veja que graça:

Durante a recepção a dona estava se gabando no microfone dizendo que na Dinamarca todo mundo anda de bicicleta e que o único outro país que pode dizer isso é a Holanda, blá-blá-blá...

Mas... como já disse, tem algo de podre no reino da Dinamarca!

A taxa de participação desse congresso não custa só os olhinhos da cara, não, mas todos os outros que você possa ter também.
O congresso está sendo realizado no Radisson SAS hotel, na Escola de Negócios de Copenhagen e usaram o prédio do governo municipal de Frederiksberg.
Deram uma bolsinha bem safadinha cheia de lixo para os 500 participantes de 45 países.
Disseram que não dariam papel em branco para os participantes tomarem suas notas para não destruir o meio ambiente, mas a bolsinha safada estava cheia de papéis-propaganda dos patrocinadores, todos em folhas de alta qualidade é claro, nada de papel reciclado!
Os 500 participantes foram direcionados aos hotéis mais caros da cidade, os interessados receberão o almoço mais caro da cidade desde que uma taxa extra seja paga, naturalmente.
Ninguém que não tenha pago a exorbitante taxa de inscrição é bem-vindo! Nem eu! Entrei de penetra, como todo brasileiro que se preza! Sou bem-vinda na viagem até a Suécia, na cerimônia de abertura - que por sinal foi cronometrada, de 19h às 20:15h, se não me engano - e em mais alguma coisa que não me lembro. Mas não sou bem-vinda às apresentações... claro que estive presente na do meu marido, sou brasileira e não desisto nunca! Tirei foto e tudo.

Gente! E esses pilantras dizem que "todo mundo" tem de ter consciência do aquecimento global!
Me desculpe, mas a começar por eles, ninguém se importa!!!

Eu me envergonharia de realizar um congresso desse porte, sobre meio-ambiente, e não reciclar nem uma folhinha de papel para os participantes poderem escrever!
Por que não dar uma bolsinha de fibra de bambu, que de acordo com o Greenpeace é muito mais amigável ao meio-ambiente?
Por que não montar um acampamento para os participantes nos parques da cidade, já que é verão e tá um calorzinho bem propício?
Por que não montar uma estrutura para os participantes alugarem bicicletas, em vez de mandá-los comprar uma? (Aliás, diferente da Noruega, aqui eles não recolhem bicicletas abandonadas. Já vi muitas bem velhinhas e enferrujadas encostadas pelas ruas da cidade. Isso também é poluição, né não?).
Por que não fazer um congresso aberto ao público, já que o "sonho" desses ditos ambientalistas é o de que todos sejam informados sobre os problemas causados por nós mesmos todos os dias em nossas casas? Não vi um cartaz pela cidade fazendo propaganda do congresso. A propaganda foi quase no boca-a-boca. Até a comunidade deles no Facebook era moderada: só entra com convite!

Assim fica claro que a distância entre a teoria e a prática é definida pela política da seleção social e pela falta de bom senso. Todos estes são "ambientalistas" teóricos. Jogue qualquer um deles num brejo pra observar os sapos. Em dois minutos eles estarão se registrando no melhor hotel da cidade e pedindo "carne de vitela" pro jantar!

Se estes são os nossos ambientalistas o planeta não precisa de ninguém mais para poluí-lo!!!

De mala e cuia

Bom, estou de mudança outra vez.
Desta vez me mudo da retrógrada Estônia para a Noruega. Isso mesmo, sem adjetivos por enquanto! O uso de qualquer adjetivo agora seria precipitado.

Só conheço a Noruega de passagem, de férias, pela mídia norueguêsa - que é um escândalo - e durante o inverno.

Pela primeira vez verei o verão norueguês e vou pra ficar!

Posso dizer que fiquei no fifty-fifty: metade chateada pelo meu marido e metade feliz por estar indo para um lugar melhor - ou que pelo menos me parece melhor.

Chateada por ele porque terá de trabalhar pra cascalho e ao mesmo tempo terminar o doutorado.

Feliz porque ninguém além dos estonianos merece a Estônia! Nós também somos filhos de Deus.

Prometi ao meu maridones que não vou reclamar tanto da Noruega quanto da Estônia. Mas cá pra nós, isso é quase o mesmo que comparar um Audi à um Fiat 147. Na verdade, agora que estou de saída tenho reclamado com muito mais freqüencia e pela primeira vez meu marido se permitiu reclamar e reconhecer os problemas desse brejo.

Ah, é. A Estônia é toda brejo, charco, pântano. A fundação parece a da Barra da Tijuca, mas por cima parece qualquer outro país ex-comunista.

Enfim, meto o pé na quinta-feira. Se tudo der certo na quinta à noite coloco meus pezinhos em Oslo de novo.

Por enquanto estou lavando roupa, me depilando, me preparando para as férias à beira do oceano e para todo o processo de residência... casa nova, novos planos, novos objetivos... tudo novo, de novo!

Norge, aí vou eu!

Definitivamente não entendo!

Ontem estive na Town Hall Square, estava rolando um festival de música e dança. Todos os cafés cheios, muitos gringos passeando pela cidade, o sol brilhando... tudo na paz.

Sentei em uma mesa do lado de fora de um dos cafés. Haviam dois casais na mesa ao lado, um deles com uma criança pequena, de no máximo 3 anos. A meninha sorria pra mim e passeava por entre as mesas do café.

Depois de algum tempo a menina passou por mim, sozinha, e foi andando pela praça até que entrou num dos cafés. Olhei para os pais que se divertiam tomando uma cervejinha e batendo papo com o outro casal. Bom, sou brasileira. O casaco da menina estava no chão, claro, ninguém viu. Levantei e fui até os pais da menina avisar que ela estava andando sozinha e entrando num dos cafés. O pai me olhou como se dissesse: "o que você tem a ver com isso?" e disse: "eu estou vendo!" A mãe sorriu e disse: "é, ele está olhando..." (olhando não sei o quê, a criança já estava dentro do café e ele parecia muito mais interessado no copo de cerveja). Eu disse: "Ok. O casaco dela está no chão." A mãe, sorriu novamente e pegou o casaco. Um casal de velhinhos na mesa ao lado ficou me olhando e olhando para eles, tipo cara-crachá.

Voltei à minha mesa e continuei tomando meu espresso. O casal de velhinhos continou olhando para eles. A mãe decidiu, então, ir em busca da menina. Não demorou muito e voltou com ela, mas dessa vez fez questão de manter a menina bem segura, no colo dela. Pena que não pela segurança da menina, mas para evitar ser chamada a atenção de novo por outra pessoa.

Eu sinceramente não entendo a forma como os estonianos cuidam de seus filhos. Misericórdia!

Chega a dar pena dessas crianças. Os pais andam tão preocupados consigo mesmos que esquecem que os filhos dependem deles. Especialmente nessa fase da vida. Mas aqui é regra: as crianças ficam por perto dos pais enquanto elas querem (ou até perceberem que os pais não estão nem aí) e por volta dos 10, 11 anos estão sozinhas. Não é a toa que logo cedo eles começam a beber e a fumar. Não há quem os ensine o que é certo ou errado, bom ou mal. E os pais ainda se sentem ofendidos quando são chamados a atenção!

Num outro blog, falei sobre e falta de responsabilidade social na Estônia e esse é um exemplo dessa necessidade. Se as pessoas não se sentem "ameaçadas", ou observadas pelo bom senso social elas simplesmente esquecem que o mundo não gira em torno de seus umbigos cheios de caraca!

É fato: aqui os pais bebem até não poderem mais, as mães idem e as crianças crescem abandonadas. É muito triste de ver. Uma sociedade inteira sem o mínimo bom senso e as pessoas só pensam em si mesmas.

Vejo aqui na pracinha, na frente do prédio em que moro, crianças largadas o dia inteiro, sujas, vestidas de qualquer jeito. As meninas não aprendem o que é feminilidade, andam e agem como garotos - dizem por aí que o número de lésbicas por aqui é enorme, apesar de toda a intolerância estoniana. É comum ver meninas, moças, mulheres e senhoras que andam como homens. Eu confesso que na maioria das vezes tenho dificuldade em distinguir se é homem ou mulher. Nada contra homossexualidade, mas se pode ser homossexual e ainda assim ser feminina. Seria bom se as meninas pudessem escolher entre ser femininas ou masculinas, a despeito de sua sexualidade. Mas por aqui elas nem sempre aprendem o que é "ser feminina".

A Estônia é um país de extremos. As mulheres são magras como tábuas ou gordas feito porcas, são masculinas demais ou andam excessivamente maquiadas, não fazem as unhas ou as deixam crescer feito garras e pintam com as mais bizarras cores, as calcinhas são grandes demais ou um fio, todos bebem excessivamente, são excessivamente preconceituosos, xenófobos, extremamente intolerantes, os homens não revelam sentimento algum, não há calor humano - nem mesmo durante o verão, a educação é tanta que se torna extrema falta de educação, e por aí vai.

Como falta equilíbrio a esse país!

Eu e o Blog

De vez em quando venho aqui desabafar.

Falo também sobre política, problemas sociais, trivialidades e, às vezes, bestialidades.

Sou formada em Letras e sou mestre em Lingüística. Sou professora de Português e faço tradução de documentos e livros. Não entendo nada de muita coisa e detesto números! Mas entendo bem de economia quando se trata do meu dinheiro.

De certa forma, quero desmistificar as idéias sobre a Europa - e muitas vezes sobre os Estados Unidos, queridinho de muito brasileiro mal-informado.

Apesar de dar aulas de português, o uso constante de outras línguas (inglês e norueguês) tem o efeito colateral de me fazer esquecer a grafia de uma palavra ou outra. Por favor, me perdôe.

Seja bem-vindo!